Primeiramente, no nível do discurso, a categoria de espaço compreende as dimensões espaciais do meio e de seu ritmo: o comprimento do livro, o tamanho das páginas, a quantidade de espaço vazio em uma página e assim por diante. Esses aspectos são raramente considerados em análises literárias tradicionais, embora o recente levante de booktubers, tenham trazido de forma inocente, críticas sobre tal nível de espaço. Assim as condições espaciais e materiais de um texto influenciam diretamente na maneira como este texto é lido e degustado.
No nível da
história, seus eventos, a categoria de espaço forma um componente importante
na criação e comunicação de significado, devido a sua configuração. Na narrativa literária usualmente, ao
contrário das histórias irmãs de dramaturgia, filme ou imagem, o espaço deve ser
apresentado verbalmente. Existe, então, apenas na imaginação do leitor. Entretanto, a descrição do espaço na narrativa literária, tende a ser mais detalhada do
que é possível no texto primário de suas narrativas irmãs.
Os leitores criam
suas noções de espaço ficcional a partir de sua própria experiência no mundo
real. Ou seja, as ideias de uma pessoa sobre a leitura de descrições dependem da experiência real dessa pessoa.
Por fim, descrições precisas e convincentes de dimensões espaciais em uma narrativa
servem para aumentar a autenticidade da narrativa. Ela fornece uma conexão para a
realidade do leitor. Logo, os leitores tendem a imaginar os personagens que se
deslocam pelo espaço "real", como eles próprios.
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Referências usadas neste texto:
[1] FIELITZ. Sonja, Roman: Text and Kontext. Cornelsen Lehrbuch. 2001.
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