Desassossegada, eu desassossego também.

Seja noite.
Seja dia.
Com chuva.
Com sol.
Estando eu, triste.
Ou não.
Ela acompanha meu riso.
Meu cérebro gorgoleja.
Late.
Contorce.
Arranha.
Arranca.
Ela, de mim.
Alguns olhares de ciúmes.
E me tira a solidão.
Atenciosamente, ouve uma história.
Atenciosamente, ouve  desabafos.
Minhas histórias de pessoas.
Minha história de amor.
Ela acompanha meus passos.
O ritmo deles.
Ela olha tudo com olhos diferentes.
Olhos de quem vê e se apaixona.
Ela é a novidade.
Ela é a saudade.
Vontade.
Escuta meu eu como ninguém.
Desassossegada, eu desassossego também.
Ela me faz companhia.
Rouba minha atenção.
Por todos os dias que me restam.
E não há em mim nenhuma gota.
De arrependimento.
De culpa.
Nem nela.
Ainda.

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