por Vanessa Bastos
Um amor.
Um amor capaz de adentrar a incerteza de que um dia seria correspondido.
E essa dúvida paira no ar e permanece no coração do rapaz até que um dia acontece uma explosão desse sentimento, não consegue mais apenas segurá-lo no peito, tem que fazer algo para se libertar dessa angustia que já dura há algum tempo.
Ele por sua vez, mediante os fatos daquela semana perfeita, se sente obrigado-o a convidar aquela menina, que o vê como um amigo e que para ele é muito mais do que isso para sair.
Na visão daquele rapaz ela significava muito além da amizade que os dois construíram e cultivavam a cerca de dois anos.
Ela significava sim, paixão, tesão, espera, intocabilidade.
Enfim, sonho.
Sonho de graça, beleza, desejo de um dia poder tocá-la, sentir seu cheiro, seu coração batendo junto ao dele e não mais somente enaltecê-la como fazia todos os dias enquanto ela estava ao seu lado.
De repente voltou à realidade, onde tudo era diferente do que havia imaginado.
Na mente dele a figura da insegurança que o assombrava há muito tempo se fez presente novamente e se fizeram inúmeras perguntas com o tão famoso “se” (se isso, se aquilo).
Entretanto, nem isso foi capaz de detê-lo naquela fatídica noite e num rompante de coragem com misto de medo causado pelo receio de ser rejeitado tomou fôlego, caminhou lado a lado daquela que um dia sonha em chamar de sua, e agora sim a convidou para sair.
– O que você vai fazer sábado? Perguntou ele como se enfrentasse um pelotão de tiro tamanho era seu nervosismo.
– Sábado? Nada. Respondeu ela sem dar muita importância.
– Quer ir ao cinema comigo? Perguntou ele agora um pouco mais tranqüilo, mas ainda sim temeroso.
– Pode ser. Respondeu ela com a mesma veemência da primeira pergunta.
Foi assim o breve diálogo que a partir daquela quinta-feira mudaria as vidas dele e dela por completo.
Tenso por parte do rapaz e sem preocupação por parte da moça.
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