Ponto sem Retorno

Então, eu suspirei.
Ali, seria o início de tudo.
Shopping.
O Verdadeiro tótem do capitalismo turbinado.
Um templo do consumismo obsessivo.
Asséptico
Paradisíaco.
Mastodonte de concreto.
Monolito de inox e blindex.
Atrativo ao criar uma plenitude artificial.
Repugnante em sua banalidade plástica.
Ali, entre os big macs globalizados e o strass berliniano, senti o impacto em meu coração.
O sentimento ambiguo que faz a realidade parecer uma obra trágica e depressiva.
A batalha interna entre esperança e desespero que mais parece simular uma "viagem de ácido" virtual pelos sonhos.
Ali, em frente ao Shopping, debaixo do vento forte e da chuva, eu me apaixonei.
Perdidamente.
Enlouquecidamente.
Irrefutávelmente.
Apaixonado pela moça.
O meu ponto sem retorno.

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